Skip links
Alimentação e longevidade - Nutricionista Raquel Luís

HÁ ALGUMA DIETA QUE AUMENTA A NOSSA LONGEVIDADE?

Pelo que a ciência aponta…sim, há!

A dieta mediterrânica! Que não é só um estilo alimentar, mas também um modo de vida.

Uma revolução demográfica aconteceu nos últimos 150 anos, pela primeira vez na história. No final do século 19, a expectativa de vida na Europa era de cerca de 35 anos, semelhante à do Império Romano, de cerca de 30 anos.

O Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), confirma que atualmente a maioria das pessoas em todo o mundo pode esperar viver mais de 60 anos.

Uma vida longa é um sonho do ser humano, mas também um sonho é vivê-la em boas condições físicas e mentais. Contudo, hoje em dia, viver mais anos nem sempre significa viver bem. A redução de doenças infeciosas acompanhou o aumento de doenças associadas à idade, incluindo doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas e cancro, as chamadas doenças não transmissíveis.

Ter um estilo de vida sedentário, uma dieta pouco saudável, comer em excesso e o tabagismo são determinantes cruciais para o aumento da obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e alterações do perfil lipídico, todos fatores de risco para doenças cardiovasculares, demência e cancros.

O padrão alimentar e o modo de vida seguido pela população dos países mediterrânicos – DIETA MEDITERRÂNICA – pode ajudar a prevenir doenças crónicas e aumentar a longevidade.

Um estudo europeu envolvendo 3.496 participantes com idades entre 70 e 90 anos de 10 países europeus mostrou que os participantes que aderiram mais à dieta mediterrânica tiveram mais de 50% de redução na mortalidade por todas as causas e mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares e cancro.

Os mecanismos que explicam os múltiplos benefícios observados na adesão à dieta mediterrânica não estão totalmente elucidados. Alguns dos mecanismos propostos são comuns a diferentes condições patológicas, como a redução do stresse oxidativo e da inflamação crónica atribuíveis principalmente aos componentes antioxidantes dos alimentos que fazem parte deste tipo de dieta.

Fique a conhecer as principais características desta dieta e comece já hoje a cuidar da sua saúde:

1- Consumo diário de vários legumes frescos, fruta, sementes e frutos oleaginosos;

2 – Consumo de cereais integrais;

3 – Consumo de leguminosas várias vezes por semana;

4- Uso do azeite virgem extra para cozinhar e para temperar como principal fonte de gordura;

5- Uso de ervas e especiarias para dar sabor aos pratos;

6 – Uso de frutas frescas diariamente como sobremesa; consumo pouco frequente de doces, bolos e sobremesas lácteas;

7 – Consumo de peixes e mariscos 2 a 3 vezes por semana;

8 – Consumo diário de laticínios, em especial iogurte (pequenas porções de queijo com menos frequência);

9 – Consumo de ovos, 2 a 4 vezes por semana;

10- Consumo pouco frequente (1 a 2 vezes por mês) de carne vermelha/processada (fiambres, salsichas, presunto);

11 – A água é a bebida principal;

12 – Dar preferência a alimentos frescos, produzidos localmente e minimamente processados.

13  – Conexão e respeito com a natureza;

14 – Servem porções moderadas;

15 – Atividade física moderada todos os dias.

16 – Preparar e consumir refeições na companhia de outras pessoas.

17 – Privilegiar um descanso adequado (tempo suficiente e qualidade de sono noturno e, eventualmente, dormir por um curto período de tempo durante o dia, se necessário).

 

Sabiam disto? O que já praticam aí por casa?

 

Bibliografia

Dominguez LJ, Di Bella G, Veronese N, Barbagallo M. Impact of Mediterranean Diet on Chronic Non-Communicable Diseases and Longevity. Nutrients. 2021 Jun 12;13(6):2028. doi: 10.3390/nu13062028. PMID: 34204683; PMCID: PMC8231595.

Deixa um comentário

Este website utiliza cookies para melhorar a tua experiência.
Explora
Arrasta